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Crise? 8 dicas para criar um time dedicado aos desafios nas PMEs.

Não importa o ramo de atuação: qualquer empresa, mesmo a mais cautelosa, está exposta a eventuais crises. Demandas inesperadas podem surgir a qualquer momento, impondo a necessidade de se repensar operações e realinhar processos.

No ambiente corporativo cada vez mais conectado, o volume de informações em tempo real tem transformado os negócios e exigido de todos ainda mais flexibilidade para adaptações. A capacidade de se antecipar a situações de excepcionalidade e o foco em planejamento têm se tornado a tônica para a sobrevivência de empresas em contextos complexos e voláteis.

Para os gestores, as tomadas de decisão se apresentam inevitavelmente mais desafiadoras. Em cenários de crise, as respostas são ambíguas e incertas, o que pode fragilizar e gerar ansiedade diante da imprevisibilidade do desfecho dos fatos. É como estar no olho do furacão, testemunhando tudo acontecer em uma velocidade assustadora.

Contextos assim exigem a implantação ou a ativação de um comitê de crise, que seja capaz de dar respostas rápidas e de minimizar o impacto na imagem e reputação da organização, além de evitar perdas e prejuízos visando a sobrevivência no mercado. Seja qual for o tamanho e a gravidade da crise o que é importante é a agilidade e objetividade tanto na formação do comitê quanto nas suas resoluções e tratativas.


Como criar um comitê de crise na sua empresa

1- Defina um modelo de atuação

Qual será o modus operandi do comitê em termos de hierarquias, rotinas, prazos e responsabilidades? É fundamental orientar o objetivo-tarefa de cada time, incluindo um modelo de comunicação e atualização que alinhe o processo de transparência e dê fluidez na comunicação com relatórios oficiais de mão dupla, diminuindo os ruídos.


2- Organize a infraestrutura

Prepare uma sala adequada com infraestrutura, serviços de comunicação, segurança e apoio de áreas suplementares para que uma equipe multifuncional possa se reunir e se inteirar rapidamente dos fatos. Uma sala adequada deve possuir itens como equipamentos de vídeo conferência e computadores com acesso à internet, quadros para apresentação de material expositivo, aparelhos de TV com acesso a informações em tempo real, espaço para descanso, ócio criativo e para desenvolvimento da inovação.


3- Indique a equipe de trabalho

A equipe deve ser enxuta para facilitar e agilizar decisões e ser composta por times: decisor, tático e conselheiro externo, de comunicação com o mercado externo e interno, de resposta rápida (áreas envolvidas de acordo com o tipo de crise) e de inteligência (TI, marketing e vendas, também de acordo com o tipo de crise). É crucial que as equipes tenham autonomia para decisão, agilidade para fazer acontecer, visão da organização, foco no resultado, além de paciência, perseverança e processos.


4- Estruture a documentação Crie um manual de gerenciamento do comitê, que deve incluir a definição de crise para a

empresa e a indicação de quando um comitê deve ser implantado. O material também deve sinalizar os procedimentos a serem adotados; os grupos participantes em seus níveis hierárquicos de acordo com a gravidade da crise e risco para a organização; os procedimentos de comunicação, forma, tom, público-alvo, hierarquia, processos e documentação; as fontes de dados externas e internas e informações de onde buscar e quem contatar em momentos de crise, dentre outros itens que a organização achar fundamental ao seu modelo.


5- Estabeleça um protocolo de comunicação

Defina o fluxo de informações priorizando a hierarquia do processo de liberação da informação, incluindo seu modelo de transparência e agilidade. Não seja afoito no dispensar da comunicação: cheque as fontes, avalie o impacto antes da publicação, verifique se a mesma pode gerar riscos em relação à imagem e reputação da organização perante o mercado, colaboradores e stakeholders.

É recomendado que a informação seja top dow seguindo a hierarquia até os colaboradores e que seja inicialmente interna para apenas posteriormente ser difundida para o mercado e órgãos externos. A comunicação precisar ser clara, objetiva, transparente, simples e multidirecional. Adote todos os canais oficiais em que seja possível conversar. Defina um porta-voz e prazos, datas e horários das comunicações.


6- Avalie a situação atual e os impactos

Reúna o máximo de informação possível e faça uma análise das fontes antes de qualquer ação ou decisão. Adote um modelo lógico de entendimento, tenha uma visão do ponto macro para o ponto focal do problema de forma a entender a casualidade. Analise os riscos e as vulnerabilidades do impacto da crise para a organização e defina objetivos a serem conquistados, que justifique a implantação do comitê.


7- Estipule uma agenda inicial e um fluxo de trabalho

A atuação e entregas da equipe de trabalho devem ser acompanhadas em reuniões presenciais ou remotas em que cada time apresenta e discute a evolução dos objetivos iniciais mapeados pelo comitê.

O time decisor define as novas agendas e tarefas e dispensa o grupo todo ou não, de acordo com a criticidade do momento. É este time que também se reúne para tomar as decisões mais estratégicas e agressivas e que, após definições, convoca o time de comunicação ou time de ação rápida para as devidas ações.

O time decisor sempre toma as decisões estratégicas baseadas no suporte dos demais times (tático e conselho). O time de inteligência reúne dados e informações. Já o time de ação rápida, munido de dados recebidos da TI e de informações colhidas pela equipe interna de cada área funcional, executa as ações de curtíssimo prazo, ou fazendo ou delegando a equipe abaixo com prazos e metas definidas. O time de comunicação por sua vez desenvolve estratégia em duas frentes: comunicação interna e comunicação externa.

Também fica a cargo do time de ação rápida coletar resultados junto a equipe responsável pela execução. Cabe ao time avaliar a situação e reorientar novas ações quando necessário e, em seguida, encaminhar ao time decisor para novas decisões de alinhamento. Em paralelo, o time de inteligência apresenta os dados de monitoramento e as análises solicitadas ao time decisor

e aguarda novas instruções ou já começa a preparar novas informações. O time de comunicação também apresenta os resultados do processo de comunicação e as suas análises.


8- Fortaleça a cultura da vigilância

Para se evitar surpresas e prevenir novas crises é necessário desenvolver uma cultura de vigilância na empresa, especialmente se forem percebidas falhas constantes em processos internos que possam levar a consequências graves e impactos externos. Ou ainda, quando se identificar desvios em resultados que não são comuns e que atingem de forma grave a organização. Nesses casos, deve-se aplicar de imediato uma ação corretiva mais intensa para neutralizar a tendência antes que esta se torne uma crise em potencial. Geralmente grandes crises nascem de pequenos sinais, que não são percebidos no momento certo.

Essas oito estratégias para implantar um comitê de crise na sua empresa revelam que uma boa gestão de crise somente terá resultado se houver alinhamento de objetivos e engajamento de todos os envolvidos. Agilidade nas tomadas de decisão também é crucial, bem como a importância de priorizar a clareza e transparência no processo de comunicação. Em conjunto, essas diretrizes são determinantes para o sucesso da estratégia traçada para o gerenciamento de crise em qualquer empresa.

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Saiba como as startups podem chamar a atenção dos investidores

Como as startups podem chamar a atenção dos investidores; saiba o que não fazer

O “novo normal” é da inovação. Se o mundo parou durante a crise da pandemia, a área da inovação apareceu como solução. Você sabia que o investimento em startups cresceu 57,6% no período de auge da Covid-19? A crise econômica gerada pelo coronavírus forçou empresas a buscar soluções para acelerar processos digitais de forma a reduzir custos e buscar novas receitas. A consequência veio com transformações e mudanças lideradas pelas chamadas startups.

Neste artigo vamos destacar como as startups podem chamar a atenção dos grandes investidores. O que elas não devem fazer neste processo de captação de investimento. E quais são as dicas para colocar em prática o seu projeto.

Começamos explicando o que é uma startup. Estamos falando de uma “empresa emergente”, que tem o objetivo de desenvolver ou aprimorar um modelo de negócio, preferencialmente escalável, disruptivo e repetível. É usar tecnologia e inovação para fazer diferente.

Mas qual diferencial é necessário reunir para chamar a atenção do empresário investidor?

 

8 dicas iniciais

Selecionamos 8 pontos para começo de conversa:

  1. Qual é o problema? Descreva quais são os problemas que a sua startup enxerga no mercado. Quais são as falhas desse setor que ainda não houve solução.
  2. Qual é a solução? Agora deixe bem claro qual é a solução que a sua startup vai oferecer.
  3. Crie uma apresentação completa do projeto: Com logotipo, nome e identidade visual. A comparação com grandes modelos de sucesso pode ser um diferencial. Por exemplo: sou o Uber do transporte escolar; sou o iFood do mercado da moda; entre outros.
  4. Qual é a concorrência? Estude seus concorrentes. Se ainda não existem, é preciso analisar como eles poderiam surgir.
  5. Qual é a sua equipe? Os investidores querem saber quem é a sua equipe. Qual é a paixão e a dedicação que estão em jogo. Explique os pontos fortes dos membros do grupo, as áreas em que são especialistas e quais são os seus diferenciais.
  6. Modelo de negócio: como vai ganhar dinheiro com a startup? Quanto este negócio poderia crescer? Crie projeções com números e dados.
  7. Marketing, distribuição e dinheiro: Como será essa divulgação? Quanto você quer vender? Como vai investir o dinheiro? Tenha uma projeção da valorização da empresa e de futuras rodadas, de modo que o investidor possa ter uma ideia do sucesso que você planeja para a companhia.
  8. Seja diferente. Sem extravagancias, mas busque a confiança dos investidores. Busque matérias na imprensa, apoios de terceiros ou prêmios relevantes que possam ser destacados.
 

O que não fazer? Atenção para os erros comuns

A maioria das startups busca investimento ainda na fase de idealização do negócio, ou seja, quando ainda está pensando em como resolver o problema. Nesta etapa inicial ainda não é possível provar para o investidor a tração do negócio. A sua força e consistência.

“O ideal é a startup buscar investimento quando já tiver ultrapassado a fase de validação da ideia e também a fase de teste do produto. Estamos com solidez e entregando a solução? Ok, então estamos prontos para crescermos aumentando a base de clientes e o faturamento. Esse sim é o cenário ideal para os investidores”, explicou Marcus Campos, Diretor da CMP Business Solutions, empresa associada à Fundação Dom Cabral no Vale do Paraíba, Alto Tietê, Guarulhos, Região Bragantina e Cidades da Zona Norte Metropolitana de SP.

 

Uma boa ideia já basta para uma startup?

De acordo com pesquisa da Fundação Dom Cabral, uma em cada quatro startups (25%) fecha com menos de um ano de funcionamento. E 50% não sobrevivem a quatro anos de funcionamento. Os motivos, segundo a pesquisa, vão da falta de capital à divergência entre sócios, passando pela falta de planejamento, inexperiência em gestão, ausência de processos e problemas com o time.

Fica claro, portanto, que somente “uma boa ideia” não basta. É preciso adquirir conhecimentos sobre o negócio, aprender a liderar, criar ferramentas de gestão e aprimorar cada vez mais o time, mesmo que ele tenha poucas pessoas. Está aí a diferença entre um sonho de uma ideia genial e a criação de um business ancorado com visão e futuro sólido.

 

Exemplo na prática

Amigos na faculdade de arquitetura, Giovanna Machado e Lucas Serrano se tornaram sócios na criação de uma startup na área de decoração de móveis. Em entrevista, os empreendedores explicam que o passo a passo, na prática, é de muito suor e entrega até chegar à etapa do investidor.

“Sem orientação, sem capacitação, sem equipe, sem uma mentoria especializada… é praticamente impossível você chegar lá. A minha dica para quem está na prática e começando, como nós, é a seguinte: tenha planejamento profissional e siga as estratégias necessárias. Porém, jamais perca a paixão e o brilho no olhar pela startup, pela grande ideia de inovar e transformar”, comentou Giovanna.

 

Dicas finais

Na lista de dicas finais, destacamos:

  • Investimento no time. Sozinho não chegamos a lugar algum. Tenha a melhor equipe. E a equipe mais apaixonada.
  • Tenha uma estratégia com o Plano de Negócios bem definido.
  • Busque o suporte financeiro adequado. Aceleradoras, incubadoras e redes de apoio (com networking bem trabalhado) podem ser fundamentais para o seu projeto.
  • Dedique energia na sua startup. Sem tempo e energia dedicados, você não vai chegar lá. É preciso encarar o desafio com coragem e entrega completa.
 

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